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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Review: Valente


Valente (Brave). 100 min. Animação - 2012 (Estados Unidos).
Dirigo por Mark Andrews, Brenda Chapman e Steve Purcell. Escrito por Brenda Chapman, Mark Andrews, Steve Purcell e Irene Mechi. Com vozes de Kelly Macdonald, Billy Connolly, Emma Thompson, Julie Walters, Robbie Coltrane, Kevin McKidd, John Ratzenberger. 


PIXAR. Ano após ano somos agraciados com uma animação carimbada com esse nome. E cada vez mais nossas expectativas aumentam quanto aos filmes que o estúdio de animação produz. Afinal de contas, quem não se emocionou com os brinquedos de Toy Story, não se divertiu com os personagens de Procurando Nemo, ou não se encantou com o robozinho Wall-e? As animações produzidas pelo estúdio são únicas, tanto pelo visual impecável quanto pelo conteúdo. É o tipo de filme que entretem não só as crianças, mas também os adultos. Talvez eles mais ainda.

O que o estúdio nos reservou este ano, porém, foi abaixo do esperado se comparado a suas outras animações. Tá certo, vamos concordar que ano passado o estúdio nos decepcionou com Carros 2, que foi apenas uma animação divertida sem nada de mais, quase que feito somente para crianças, mas esperávamos que este ano a coisa fosse diferente. E foi, só que não o suficiente. Valente é um bom filme, e só. Nada que arranque lágrimas ou empolgue o público nos cinemas. 

O filme se passa na antiga Escócia e conta a história de Merida (voz de Kelly Macdonald), uma princesa que parece se interessar mais em seguir seu coração aventureiro do que as tradições e assuntos reais. Para ela, cada um é capaz de escrever seu próprio destino e fazer o que bem entender. Tudo se complica quando sua mãe, a rainha, promete a mão de sua filha ao herdeiro de um dos clãs do reino, que será escolhido em um torneio. Merida não aceita ser obrigada a se casar com quem não conhece e não ama, e resolve se rebelar. Ao fugir do castelo, se depara com luzes mágicas que a levam a uma bruxa. Resolve, então, pedir à feiticeira que mude sua mãe e seu desejo de obrigar a filha a se casar. O que ela não imaginava é até que ponto seu pedido poderia chegar e o que aconteceria a seguir com a rainha.

 O longa tem seus momentos divertidos e engraçados, mas parece desenhar uma história que já é bastante conhecida entre muitos e não inova em muita coisa. Impecável visualmente, sim, mas não nos traz aquilo que esperamos somente dos filmes da Pixar. Oferece cenas de ação bem boladas (empolga ver um personagem criado no computador manusear tão bem um arco e flecha e enfrentar um urso com cinco vezes seu tamanho com tanta fluidez) e uma trilha sonora bem consistente. Vale dizer, porém, que foi o primeiro filme da Pixar e um dos poucos de animação que a dublagem não me agradou. Creio até que o filme melhore um pouco quando puder assistir em seu idioma original.
Vale a pena assistir? Sim, para quem gosta de uma boa animação é um prato cheio. Mas será melhor se puder apagar de sua cabeça a logo da Pixar no início do filme, porque ela não quer dizer muita coisa nesse longa, a não ser, talvez, a incrível qualidade técnica que ele nos apresenta. Esperamos que ano que vem a Pixar retorne ao seu primor original e nos presenteie novamente com uma obra-prima do cinema, que, em minha opinião, é o que representa cada filme do estúdio. Vale lembrar que o seu próximo longa será Universidade Monstros (lançamento no Brasil previsto para junho de 2013), uma espécie de prelúdio do genial Monstros S.A..





Por Samuel de Alcântara.

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