Talvez ainda seja um pouco cedo para falar sobre a edição do Oscar de fevereiro de 2013, mas nada impede que possamos dar uma refletida nas duas últimas cerimônias e tentar imaginar o que virá pela frente.
O ano de 2011 foi, na minha opinião, um dos anos mais fracos
e desperdiçados da história da Sétima Arte, com poucos filmes realmente
interessantes e capazes de mostrar algo a mais ao público. Poucos filmes
mereciam ser indicados a algum Oscar que não fosse de alguma categoria técnica.
Tivemos longas muito fracos em conteúdo, desde filmes de festivais a grandes
blockbusters, e isso, é claro, refletiu na cerimônia do Oscar deste ano, uma
das piores dos últimos anos. Filmes consagrados pela crítica (Harry Potter e as
Relíquias da Morte - Parte 2, X-Men - Primeira Classe) nem deram as caras nas
principais indicações, enquanto filmes com recepção fraca (Tão Forte e Tão
Perto) foram indicados a Melhor Filme, por exemplo. O filme brasileiro selecionado
para tentar uma vaga na lista de indicados a Melhor Filme Estrangeiro (Lula - O
Filho do Brasil) espantou a todos, nem o mais otimista conseguiria ver tal
filme concorrendo a alguma estatueta. Uma cerimônia entediante com filmes
entediantes (pelo menos a maioria dos indicados) foi a impressão que tive
quando acabou.
Alguém se lembra de todos os indicados na principal categoria? Bem diferente do que vimos na cerimônia do ano passado, premiando os ótimos lançamentos de 2010. Uma festa belíssima, muito bem organizada e apresentada, encerrada com chave de ouro (até hoje dá para se emocionar ao relembrar aquele coral de crianças cantando com toda a vontade o clássico Over the Rainbow, grande homenagem à Sétima Arte). E, é claro, filmes realmente merecedores concorrendo à principal estatueta. É fácil lembrar de pelo menos 7 ou 8 dos dez indicados e ter assistido pelo menos a 5 deles (eu mesmo já assisti a 8).
Alguém se lembra de todos os indicados na principal categoria? Bem diferente do que vimos na cerimônia do ano passado, premiando os ótimos lançamentos de 2010. Uma festa belíssima, muito bem organizada e apresentada, encerrada com chave de ouro (até hoje dá para se emocionar ao relembrar aquele coral de crianças cantando com toda a vontade o clássico Over the Rainbow, grande homenagem à Sétima Arte). E, é claro, filmes realmente merecedores concorrendo à principal estatueta. É fácil lembrar de pelo menos 7 ou 8 dos dez indicados e ter assistido pelo menos a 5 deles (eu mesmo já assisti a 8).
É uma matemática simples: ano fraco nos cinemas, cerimônia
fraca. Ano lotado de produções marcantes, cerimônia marcante e empolgante. E
tudo indica que é exatamente assim que será a cerimônia de 2013. Já tivemos
muitas produções legais nas telonas esse ano, e olha que esses dois
últimos meses de 2012 ainda nos reservam grandes surpresas. Até mesmo os
blockbusters do ano mostraram ter conteúdo e não apenas grandes efeitos visuais
e ação desenfreada. O filme brasileiro que foi escolhido para tentar uma
indicação empolga. O Palhaço é um dos melhores filmes nacionais lançados
recentemente e agradou público e crítica. Já dá parar arriscar alguns palpites
de quais serão os indicados, mas podemos fazer isso com mais precisão daqui a
alguns meses. Não basta o que já tivemos de bacana até o mês passado, novembro
e dezembro chegam com ainda mais candidatos a estatuetas: As Aventuras de Pi,
Os Miseráveis, Lincoln, O Voo e O Hobbit
– Uma Jornada Inesperada. Até a mais nova animação da Disney promete ser uma
das mais inventivas e interessantes dos últimos anos: Detona Ralph. É só
aguardar um pouco mais.
Por Samuel de Alcântara
Por Samuel de Alcântara
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